GOLPE DE CLONAGEM DE WHATSAPP, COMO FUNCIONA, COMO SE PROTEGER E CASO REAL DE CONDENAÇÃO AO NUBANK
- 26 de jun.
- 2 min de leitura
Criminosos clonam contas de WhatsApp para enganar pessoas e pedir dinheiro aos amigos, e tribunais já têm decidido que bancos podem ser responsabilizados por fraqueza na segurança

Você vai conhecer como acontece o golpe da clonagem de WhatsApp, descobrir maneiras práticas de prevenir e acompanhar um caso real em que o Nubank foi condenado por falha de segurança e teve que indenizar um cliente vítima de fraude.
Os golpistas descobrem o número de celular e o nome da vítima, usam essas informações para cadastrar o WhatsApp em outro aparelho, recebem o código de segurança via SMS e se passam por serviço de atendimento.
Eles pedem esse código dizendo que é para manutenção ou atualização de cadastro. Com o código, clonam sua conta, acessam seu histórico e contatos e enviam mensagens pedindo dinheiro via Pix, usando uma urgência falsa.
Para evitar esse golpe, ative a confirmação em duas etapas no WhatsApp, acessando as configurações, conta e confirmação em duas etapas. Isso dificulta muito a clonagem, mesmo que alguém tenha o código SMS. Também limite quem vê sua foto de perfil apenas aos seus contatos, para evitar que golpistas usem sua imagem para se passar por você.
O mais importante é nunca compartilhar seus códigos de verificação. Se um amigo ou parente entrar em contato pedindo dinheiro via mensagem, faça sempre uma chamada para confirmar antes de transferir qualquer valor.
Caso real de judicialização contra o Nubank por falha de segurança:Em dezembro de 2023, a 1ª Vara Cível de Ribeirão Preto condenou o Nubank, no processo número 1042427‑29.2023.8.26.0506, a restituir todos os valores debitados via Pix e no cartão por fraude, além de pagar cinco mil reais por danos morais.
O juiz entendeu que o sistema de segurança do banco não detectou essas movimentações atípicas, ferindo a Súmula 479 do STJ, que atribui responsabilidade objetiva às instituições financeiras.
Em outro processo, de maio de 2025, na Comarca de Goiânia, o Nubank foi condenado a restituir trinta e sete mil e trezentos reais e pagar cinco mil reais de danos morais a um cliente que sofreu golpe via ligação e transferência fraudulenta por Pix.
A decisão fundamentou-se no mesmo entendimento jurídico e reforçou que o banco deveria adotar mecanismos eficazes de prevenção à fraude.
Essas decisões reforçam que os bancos devem monitorar operações atípicas e bloquear transações suspeitas, fortalecendo o direito do consumidor e servindo de alerta para que as instituições adotem medidas robustas contra fraudes.
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Se você também sofre com superendividamento, não aceite calado. Busque apoio, informe-se e lute pelos seus direitos. O Judiciário está atento e há caminhos reais para recomeçar.
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Fontes, processo 1042427‑29.2023.8.26.0506 da 1ª Vara Cível de Ribeirão Preto, decisão de maio de 2025 da Comarca de Goiânia, Súmula 479 do STJ, temas repetitivos do STJ.
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